A Bahia está matando a tradição do São João
Foto: Cesar de Cesário/divugação
Campina Grande na Paraíba, Caruaru no Pernambuco e outros estados nordestinos mantem viva a tradição da sua maior cultura popular que é o São João uma das mais belas festas do planeta. Infelizmente a Bahia parece demonstrar que não faz parte do nordeste. Como se não bastasse à descaracterização do nosso carnaval, este fenômeno vem acontecendo também com o São João.
Segundo uma frase de Dominguinhos, “O São João é o carnaval do sanfoneiro”. Bem que poderia ser. Mais na prática não é isto que vem acontecendo. Nós estamos presenciando uma invasão de estilos musicais que nada tem a ver com a tradicional festa de São João na Bahia.
Prefeituras e produtores de festas de camisas nas cidades baianas contratam artistas dos ritmos de Arrocha, Pagode, Sertanejo e outros estilos deixando de fora autenticas bandas e trios de forró que ralam o ano inteiro em busca de um espaço para mostrarem seus trabalhos e manterem viva a cultura nordestina.
Nada temos contra estes estilos musicais, porém, cada coisa é uma coisa. Visualizando a programação dos municípios baianos nos deparamos com Pablo, Luan Santana, Leonardo, Bruno & Marrone, Daniel, Zezé Di Camargo e Luciano, Bandas de Pagode, Axé etc... No entanto, percebemos que artistas autênticos como Adelmário Coelho, Flávio José, Alcymar Monteiro e tantos outros artistas e bandas do gênero cada vez mais reduzem a sua participação nesta festa tão genuína.
Será que não está na hora de repensar a nossa maneira de fazer festa? Temos o ano inteiro para explorar este infinidade de gêneros musicais. Porque não priorizar o carnaval e o São João na Bahia com artistas que realmente são típicos de cada estilo? Com a palavra os “Donos do Poder”. Se somos nordeste, vamos fazer valer a nossa cultura nordestina.
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