10 de junho de 2015

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA: AVALIAÇÃO DE GESTORES É INEVITÁVEL!

ACHO UM EXCELENTE MOMENTO PARA A UFBA, POR ISSO PENSEI NESTE TEMA E ESCREVI O TEXTO ABAIXO!


Penso que esta greve seja uma excelente oportunidade de refletirmos sobre o modelo de gestão “adotado” pelas IFES, particularmente a UFBA.


Temos hoje um “modelo” de baixa participação dos servidores, estudantes e a comunidade como um todo e de baixa qualidade e baixos resultados. 
A pequena participação decorre do modelo, com ranços patrimonialistas e burocráticos, sem falar no intenso apego aos cargos – decorrentes das necessidades financeiras – o que piora pela inexistência de Plano de Desenvolvimento Institucional, efetivo, construído a partir de princípios de gestão pública, de eficiência administrativa e da transparência da coisa pública.
Se neste momento - de reflexão, da construção através do debate, da abertura da universidade para uma grande interação interna e externa, a fim de proporcionar a construção coletiva dos interesses da UFBA, do conjunto de forças que a compõe, bem como, da disputa por prioridade na agenda do governo, tanto no plano de contas do governo (sob o enfoque Orçamentário), mas também, na agenda voltada para o efetivo reconhecimento das IFES enquanto instituições de interesse estratégico, científico, democratizante do conhecimento, comprometida com a cidadania, com as liberdades individuais e coletivas, com a natureza e a sustentabilidade – pudéssemos avançar em algumas pautas totalmente viáveis, inclusive pelo viés democratizante que, depois de tanto tempo, volta a arejar nossa UFBA, como é o caso da avaliação de lideres, gerentes e coordenadores de órgão, institutos e unidades gestoras. 

                                             "A sociedade não aceita mais uma gestão de portas fechadas!"

Observo que, hoje existe uma avaliação, se é que podemos considera-la como tal, serve apenas para avaliar, individualmente, o servidor e limita-se à garantia de progressão funcional, por mérito, não sendo possível aproveitá-la, se quer, para um diagnóstico da realidade de pessoal, qualificação, desempenho funcional e deficiências envolvendo os ambientes organizacionais. 
Pra piorar, as avaliações sofrem de alguns vícios, não de forma, mas de finalidade, pois, não atende aos fins para os quais foram propostos na norma, Emenda Constitucional 19/98.
Temos outro problema também, no que se refere as chefias e coordenações, assim como acontece com muitos servidores - a avaliação proforma - com os chefes também, seus pares, muitas vezes, só assinam a avaliação, já que são obrigados, caso contrário o servidor deixara de “progredir”, leia-se, receber um percentual em seu contracheque, sem nenhum julgamento quanto ao benefício financeiro, quero deixar claro! 

Vejam que, assim como o servidor, em cargo originário, o servidor ocupante de função de confiança não são avaliados a partir dos atos, atividades, projetos e programas da sua gestão, mas sim, simplesmente, pelo desempenho individual das suas atividades.
Entendo que se as IFES, aqui a UFBA, não se incumbir de estabelecer um plano de avaliação de gestores e lideres, de forma transparente, colegiada, com normas aprovada nos Conselhos Superiores, com agenda própria, metas bem estabelecidas, lastreado por um bom programa de capacitação e formação de Gestores Públicos, toda prioridade que se possa conquistar nas peças orçamentárias e nos eixos social e politico, não conseguirão suplantar a problemática interna corporis. 
Afinal tivemos 12 anos de vacas gorados e olha só no que deu! Tem acertos, avanços, ganhos para a comunidade, sem dúvidas! mas poderíamos ter muito mais, por muito menos e com melhor qualidade!!!



Temos que olhar pra dentro fazermos a autocritica e entendermos que nossa instituição sofre de sérios problemas de falta de gestores, falta investimento em especialização humana e técnica em Gestão Pública, falta estímulo, desafios programáticos e horizonte institucionalizado (objetivos, metas institucionais claras) para os servidores, principalmente o mais novos, já que, na grande parte do tempo, assumir cargos/função significa, ser “jogado aos leões”, viver de apagar incêndios, administrar fatos e ainda uma série de conflitos nos ambientes organizacionais

Escrito por: Antonio Claudio

Postagens