29 de março de 2018

PF PRENDE JOSÉ YUNES, WAGNER ROSSI E DONO DA RODRIMAR

PF prende melhores amigos de Michel Temer: José Yunes, ex-assessor de Temer, ex-ministro Wagner Rossi e dono da Rodrimar...





O amigo e ex-assessor do presidente Michel Temer, José Yunes, o ex-ministro da Agricultura Wagner Rossi e o dono da empresa portuária Rodrimar, Antônio Celso Grecco, foram presos na manhã desta quinta-feira pela Polícia Federal. As prisões são parte da Operação Skala, feita no âmbito do inquérito da MP dos portos, que investiga propinas em um decreto do setor portuário, e inclui acusações sobre o presidente. O inquérito foi aberto em setembro de 2017. Ex-assessor de Temer, Yunes foi acusado pelo delator Lúcio Funaro, apontado como operador do PMDB, de ter recebido propina endereçada a Temer, além de lavar o dinheiro por meio da compra de imóveis. Desde a acusação, o presidente rebateu as acusações, disse que as declarações de Funaro são "falsas" e que os imóveis que ele possui foram adquiridos de forma lícita e declarados à Receita Federal.

No final de novembro, Yunes havia prestado depoimento sobre o caso. Segundo o advogado de Yunes, José Luis de Oliveira Lima, trata-se de uma prisão temporária de cinco dias. Em delação premiada no âmbito da Operação Lava Jato, o operador financeiro Lúcio Funaro contou à PF que Yunes seria um dos operadores de propinas do presidente Michel Temer. Ele nega. De acordo com o advogado de Yunes, a prisão é ilegal. "É inaceitável a prisão de um advogado com mais de cinquenta anos de advocacia e vida pública e que sempre que intimado ou mesmo espontaneamente compareceu à todos os atos para colaborar", diz o defensor. "Essa prisão ilegal é uma violência contra José Yunes e contra a cidadania." Empresa portuária Funaro disse também que tem conhecimento de que Temer influenciou diretamente os termos da MP dos Portos para favorecer a Rodrimar, empresa concessionária de terminais no Porto de Santos (no litoral sul de SP). O presidente da empresa Rodrimar, Antônio Celso Grecco, foi preso no interior de São Paulo. O terminal da empresa em Santos foi alvo de um mandado de buscas e apreensões pela Polícia Federal nesta manhã. Além do presidente Temer e de Yunes, são alvo da investigação o ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (flagrado com a mala de dinheiro da JBS em outra investigação. Rocha Loures é apontado como interlocutor de Temer junto ao setor portuário e teria recebido propina para favorecer a empresa no decreto, assinado pelo presidente em 10 de maio de 2017. Após a abertura do inquérito, a Rodrimar declarou que nunca recebeu qualquer privilégio do poder público e que o decreto dos Portos atendeu a uma reivindicação de todo o setor de terminais portuários do país. Desde a abertura do inquérito, o Palácio do Planalto afirmava que o decreto havia sido assinado após "longo processo de negociação" entre o governo e o setor portuário e que Temer prestaria todos os esclarecimentos necessários.


Fonte: https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2018/03/29/amigo-e-ex-assessor-de-temer-jose-yunes-e-preso-em-sp.htm?cmpid=copiaecola

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